terça-feira, 11 de setembro de 2012

Histórias de um Deus Fiel


A irmã Jael Klem nos contou que, quando menina, costumava acompanhar seu pai, pastor, nas lides pastorais aos domingos. Ele era pastor de duas pequenas igrejas. Então, pela manhã ia a uma e, à tarde, dava assistência à outra.

Naquele domingo, na volta do culto matutino, seu pai avisou à mãe que não tinha um único centavo no bolso, mas que precisaria ir à outra igreja, à tarde. Pediu, então, que a esposa passasse o seu terno. O pai não percebeu que Jael estava ouvindo aquele diálogo. Aprontada a roupa, Jael e o pai saíram para pegar o ônibus em direção à igreja. O pai colocou-a sentada num banco, e ficou em pé, bem na frente do auto, com a Bíblia agarrada ao peito. O ônibus rodou, encheu, esvaziou, e o pai ali, impávido, enquanto o coração de Jael ficava cada vez mais apertado, com a proximidade da hora de descer, pois sabia que seu pai não tinha como pagar a passagem.

De repente, entra no ônibus uma pessoa bem conhecida. Era um irmão querido que, ao ver o pastor, disse: “Pastor, estou à sua procura essa semana toda. Que bom encontrá-lo aqui. Fiz um excelente negócio, e separei uma oferta para a igreja, e outra para a família do querido pastor”. Tirou dois grandes envelopes gorduchos, e deu-os ao pai ali mesmo. Então o pai chamou-a, e com aquele dinheiro pagou a passagem. Desceram, e ele até lhe comprou um sorvete.

A história da construção do nosso Novo Templo (PIB de Teresópolis,RJ) é bem parecida com esse episódio. Tomamos o ônibus da construção também sem dinheiro para a sua passagem. Perguntamos ao nosso projetista, irmão Walfredo Thomé, quanto nos sairia o Novo Templo. Sabiamente, ele nos disse: “a minha experiência é que não ficamos pensando em quanto nos sairá, porque assim nós nem começamos. Vamos fazendo cálculos por etapas, e nos desafiando para conseguir os recursos para aquela empreitada. Vencida aquela, projetamos o próximo desafio, e assim prosseguimos. Quando chegarmos ao final, e olharmos para trás, ficaremos surpresos em saber o quanto gastamos.”

Assim, quando começamos a construir o Novo Templo, tínhamos em caixa pouco mais de R$ 200 mil, dinheiro insuficiente sequer para a fundação da obra. À medida que íamos passando por necessidades, Deus levantava crentes que nos auxiliavam com seus recursos de amor. Fomos vencendo etapa sobre etapa. Viajávamos com os nossos corações agarrados às promessas bíblicas, e com fé de que Deus iria suprir cada necessidade, pois a obra era dEle.

Um amigo pastor, cuja igreja também está construindo um novo templo, ao saber que nós inauguraremos o nosso em breve, me disse: “Também a sua igreja é rica. Há muita gente lá com grana no bolso”. Disse a ele, o que tenho dito a todos: “A nossa igreja é rica, sim, da graça de Deus”. Esse Novo Templo tem sido levantado com o dinheiro fiel de crentes simples que, de tostão em tostão, têm visto Deus multiplicar o que oferece a Ele.

Agora, quando nossa igreja completa 76 anos, e já vão mais de 10 anos nessa viagem chamada construção, estamos vendo claramente as marcas da fidelidade do nosso bom Deus. Daqui a pouco, meu querido irmão, vou lhe chamar para tomarmos o nosso sorvete. Vou escolher o sabor “Deus seja louvado!”