Davi foi visitar seus irmãos, que estavam engajados no exército de Saul, levando de casa para eles um farnel. Diante deles estava o debochado gigante Golias. Apavorado, o exército de Israel avaliava uma pequena estratégia para que a sua derrota não fosse, ao menos, humilhante.
De repente, Davi se oferece para lutar contra o gigante. Por princípio, deixar Davi se embater contra aquele brutamonte já seria loucura. Mas, no caso de derrota, seria uma mal menor, já que não era nenhuma vantagem um sujeito daquela envergadura ganhar de um pastorzinho fracote. Entretanto, para dar um ar de dignidade, o Rei Saul oferece a Davi a sua armadura emprestada. Davi veste-a, mas mal consegue dar um único passo. Se Davi tivesse ido enfrentar Golias com a armadura de Saul teria sido um desastre. Com a armadura emprestada sempre é. Davi precisava de algo autêntico, dele.
Iniciei meu ministério pastoral tentando usar a armadura do meu pastor. Queria ser igualzinho a ele. Tentava imitá-lo na liderança da minha igreja, no sul do Brasil, mas logo percebi que nem eu era o Pastor Josias nem a Igreja de Guaíba, na grande Porto Alegre, era a de Acari, no Rio. Logo, não conseguíamos ser iguais. E, conseqüentemente, a igreja não desenvolvia como a que fui criado. Comecei a descobrir que as minhas cinco pedrinhas seriam mais úteis para mim (e para a obra ali) do que a armadura sólida feita para o uso de outro guerreiro.
No Novo Testamento, os filhos do sumo sacerdote Ceva foram enfrentar pessoas possessas de espírito maligno. Eles, com armadura emprestada, diziam: “Em nome de Jesus, a quem Paulo prega, eu lhes ordeno que saiam!” Mas o espírito maligno lhes respondeu: “Jesus, eu conheço, Paulo, eu sei quem é; mas vocês, quem são?” Aí, veio o desastre: o endemoninhado saltou sobre eles, os dominou, espancou-os e eles fugiram de casa nus e feridos.
Há muita igreja tomando armadura emprestada para enfrentar os gigantes da vida. Há uma busca por modelos que se mostraram vitoriosos em outras batalhas cristãs. Têm surgido armaduras bastante fortes, importadas, que aparentemente fazem igrejas vencer o gigante da estagnação. O seu autor ensina até que tipo de música cantar para que a igreja avance. Encantados com o propósito da nova armadura, há muita gente desprezando suas atiradeiras.
Davi nos ensina que armadura nova pode ser muito boa para Saul, mas , melhor que confiar em armadura, é depender inteiramente da graça de Deus, que usa coisas loucas e fracas para confundir as fortes e sólidas.
Para Deus, pessoas são mais importantes do que métodos. Ele dá vitória a quem, com sinceridade e autenticidade, confia mais nele do que em suas virtudes ou recursos. Deus usa e abençoa as coisas mais simples que você fizer pra ele, desde que confiando inteiramente que o poder é dEle. Pegue as suas cinco pedrinhas, e experimente!
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