terça-feira, 22 de maio de 2012

"Pastor, A Minha Oração é Fraca!"

Poucos crentes gostam de orar. O pior é que não temos vontade de orar nem ficamos tristes por isso. Afinal, o que há de errado no nosso coração para que oração seja uma coisa tão difícil para nós? Poucos crentes sabem como orar. Aliás, os discípulos de Jesus também chegaram a essa conclusão, pois pediram a Jesus: “Ensina-nos a orar” (Lc 11.1). E a Bíblia comprova isso, dizendo que “nós não sabemos orar como convém” (Rm 8.26).

Com muita propriedade, alguém fez a seguinte observação: “alguns santos do passado gastavam horas diante de Deus que pareciam segundos, e nós, hoje, gastamos segundos que nos parecem horas”. Há um conflito no nosso coração que nos tornou uma geração de crentes que desaprendeu a orar. A nossa experiência de oração é muito pálida e fraca. Perdemos a dimensão da oração que aqueles homens de Deus tinham. Hoje nossas orações são ritualistas e decoradas e nós repetimos fórmulas.

Pedir a Deus que nos ensine a orar é uma das coisas mais importantes que podemos fazer. Se você não ora ou ora pouco, eu queria que você perguntasse honestamente a você: “por que eu não oro?” Isso é como a questão da contribuição para a obra de Deus. Quando eu não contribuo, a questão não é aumentar a culpa, mas perguntar: “Por que é tão fácil pra mim comprar um tênis de marca, de R$ 300,00, e é tão duro, tão penoso trazer uma oferta para a igreja?” Faça esse tipo de pergunta e você chegará a conclusão de que tudo é uma questão de afeto. Tem a ver com o seu coração.

Veladamente, há uma disputa nas igrejas evangélicas para anunciar a que tem mais poder em oração. Há uma igreja cujo slogan é: “Esta igreja tem poder!” Outra aliciava pessoas, dizendo que colocaria 318 pastores orando por elas, como se boa quantidade de intercessores fosse pressão suficiente para persuadir os favores dos céus. Só que o mesmo texto bíblico que diz que “não sabemos orar como convém”, diz que “o Espírito Santo, nosso intercessor, intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26).

O que a Bíblia diz é que o Espírito transforma nossas débeis e superficiais orações em preces viscerais. Ou seja, orações que brotam das nossas vísceras, lá de dentro, do nosso interior. É que a palavra grega traduzida por gemidos são orações que brotam dos nossos rins. Na cultura hebraica daqueles dias, era o mundo interior mais rico que podia sair da gente. Você já teve dores renais? São dores que nos dão a impressão de que o mundo vai acabar. É uma angústia só, um peso imenso. E aqui está a promessa: o Espírito Santo, nosso Intercessor, transforma as nossas orações superficiais em orações viscerais, que saem do nosso interior.

Então, meu querido, não existem grandes intercessores humanos, não. Existe, sim, um grande Intercessor para as nossas orações, que é o Espírito Santo. Você também não precisa dizer que a sua oração é fraca, porque ela é mesmo! Não existem grandes homens de oração, mas existe um Grande Intercessor na nossa oração.

Ele pede por nós, interpreta o nosso interior, e pega aquelas nossas frágeis palavras, muitas vezes mescladas com pensamentos confusos, e transforma-as em orações poderosas, que traduzem fielmente o que queremos dizer junto ao Trono da Graça.

Estas coisas não deveriam fazer com que tivéssemos mais vontade de orar? Porque agora podemos entender que oração não é uma questão de pedir a Deus, mas um meio de me aproximar dEle e experimentá-lO em minha vida.

O nosso grande desafio é este: andar em comunhão e intimidade com Deus. E é por isso que Jesus insiste nas nossas orações, dizendo: “Tu, quando orares, entra no teu quarto, e fala em secreto com o teu Pai. E teu Pai que te vê em secreto te recompensará” (Mt 6.6). Então, vá lá! Deixe a sua alma ir com Deus.

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