sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Combatendo a Ignorância Bíblica

Sou do tempo quando os adolescentes crentes eram capazes de dar um banho de conhecimento bíblico em qualquer padre. E tudo porque os padres conheciam bem filosofia, filosofia da religião e as bulas da igreja, mas não estudavam a Bíblia. Enquanto isso, nossos adolescentes ouviam histórias, faziam concursos de destreza e de conhecimento bíblicos desde a mais tenra infância. Entretanto, hoje, muitos crentes não evangelizam por medo de não saberem responder as eventuais perguntas que lhe serão feitas.

A verdade é que muito do que se ouve nos púlpitos evangélicos nesses dias é uma reprodução das palestras de neurolinguística de Lair Ribeiro, e muitos crentes pensam que é mensagem bíblica. A nossa geração evangélica aceita qualquer coisa desde que, após uma frase inócua, o pregador diga: “Amém, irmãos?!” Ou seja, meia dúzia de chavões evangélicos, guarnecidos com um versículo bíblico fora do seu contexto, já são suficientes para impressionar os ouvintes. Esta é a geração evangélica mais biblicamente analfabeta.

Pensando em como nós, evangélicos, somos hoje acríticos, o Pastor Antônio Carlos de Lima trouxe uma divertida parábola acerca de um pregador que acreditava manejar bem a Palavra. Ele pregou assim: “Meus irmãos, um homem descia de Jerusalém para Jericó, quando caiu numa plantação de espinhos que começaram a sufocá-lo. Tentando sair daquela situação, ele gastou todo seu dinheiro até ficar pobre, a ponto de comer a comida dos porcos numa fazenda. Foi então que ele encontrou a Rainha de Sabá, que lhe deu um prato de lentilhas, cem talentos de ouro, vestidos brancos e um cavalo.

Ao prosseguir viagem, seus cabelos se enroscaram numa árvore, e o homem ficou pendurado por muitos dias, mas os corvos lhe trouxeram comida e água, de sorte que ele comeu cinco mil pães e dois peixinhos... Uma noite, quando ainda estava suspenso, Dalila, sua mulher, chegou e sorrateiramente cortou seus cabelos. O homem caiu em pedregais escorregadios, mas levantou-se e andou. Então, chovendo quarenta dias e quarenta noites, ele escondeu-se numa caverna, onde se alimentou de gafanhoto e mel silvestre.

Saindo, encontrou um servo chamado Zaqueu, que o convidou para jantar. Mas o homem desculpou-se, dizendo que não podia porque havia comprado uma manada de porcos perdidos como ovelhas sem pastor. Foi então que um leão faminto tragou os porcos, mas Golias derrotou o leão com sua funda e mostrou ao homem o caminho que levava a Jericó...

Ao aproximar-se das muralhas da cidade, viu Jezabel na janela. Porém, ao invés de ajudá-lo, ela riu. Indignado, o homem bradou em alta voz: ‘Lançai-a fora!’ E eles a lançaram setenta vezes sete. Dos fragmentos foram recolhidos doze cestos, e disseram: Bem-aventurados os pacificadores. Portanto, irmãos, reflitamos: na ressurreição dos mortos, de quem será esta mulher?”.


Esta narrativa fictícia e exagerada mostra que precisamos nos dedicar ao estudo sistemático da Bíblia, para não usarmos histórias e vocabulário bíblicos sem significado algum. Na Escola Bíblica Dominical, com a oportunidade para fazermos perguntas, somos treinados na fé bíblica para considerar com cuidado tudo o que nos é dito, quer seja pela opinião pública ou nos púlpitos.

Gosto de cantar. Muitas pessoas gostam de dançar e fazer barulho para Deus. Hoje, muitos crentes querem é se sentir bem numa igreja. Mas Deus quer, acima de tudo, que todos cresçam na graça e no conhecimento de Jesus Cristo. Existimos para amar a Deus e nos tornar pessoas moldadas pelo Seu coração. Ou seja, todos os crentes com vida bonita, contando a todo mundo que o seu autor é Jesus.

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