Diz O Globo de 23/5 que “as atividades humanas estão levando à extinção três espécies de animais e plantas a cada hora", alertou ontem a ONU, no Dia Internacional da Biodiversidade. Se nada for feito, essa será a maior onda de extinção desde aquela que causou o desaparecimento dos dinossauros, há mais de 65 milhões de anos... A cada hora, três espécies são perdidas. A cada dia, mais de 150 espécies são perdidas. A cada ano, entre 18 a 55 mil espécies são declaradas extintas.
Paralelamente à extinção destas espécies, especialistas já diagnosticaram o desaparecimento de algumas espécies de cristãos. Outrora, eles viveram fecundos e frutíferos na terra, mas agora, em que pese todo o avanço de religiões evangélicas no Brasil, acompanhamos o sumiço dessas espécies raras e importantíssimas para a preservação do testemunho do evangelho no mundo.
Constatamos o desaparecimento do Homus Intercessorium, mais conhecido com o crente de oração. Atenção: não confundi-lo com uma espécie mais simples, como a dos crentes que vão à igreja por causa da música, dos amigos, do pastor e do espetáculo da fé. Essa espécie é comum, encontrada aos milhares nas igrejas da vida. O crente de oração, em extinção, é aquele que tem um amor a Jesus tão real que quer se demorar na presença dEle. Por isso, ele tem prazer em orar e em ir aos cultos de oração. Ele não quer saber quem será o pregador ou quem irá tocar o quê. Ele ora mesmo que não haja música. A sua necessidade básica é buscar seu Deus e estar em comunhão com Ele e com seus irmãos. Quase sempre acorda mais cedo para orar e, em casa, ele tem seu lugar para um tempo devocional. Ele encontra tempo para agradecer as bênçãos, interceder pelos crentes, orar pelos perdidos, clamar pelo ministério da igreja e pelo progresso do Reino de Deus. Ele se distingue pelo seu hábito de depender única e exclusivamente de Deus para todas as coisas na vida. Não só busca a Deus quando está passando por grandes problemas e aflições. Ele tem prazer em participar de reuniões de oração nos dias comuns da vida. Especialistas calculam que, com seu sumiço, daqui a pouquíssimos anos não haverá nem mesmo mais cultos de oração.
Estamos perdendo também o Homus Integrus. O crente íntegro, como era chamado no Brasil tempos atrás, está ficando cada vez mais raro. Quando visto no mundo, é popularmente apelidado de careta e ultrapassado. Alguns acham que ele paga mico, pois é capaz de ter prejuízo financeiro ou material, mas não compactua com o erro e com o pecado. Se alguém lhe dá dinheiro a mais, é capaz de devolvê-lo. Sabe dar bom trato ao dinheiro. Não está em busca de vantagem em tudo, certo? Não conte com ele para contar uma mentirinha. Prefere ser visto como otário, a faltar com sua palavra. É cumpridor dos seus compromissos. Por isso, é conhecido pela sua palavra: se sim, sim; se não, não. Por favor, não vá confundir a espécie com uma parecida que vive apregoando seu poder espiritual, mas que não tem qualquer intimidade com a ética cristã.
Raramente conseguimos ver a espécie Homus Testemunhus. É o crente que testemunha da sua fé em Jesus. Ele sempre está pensando numa maneira de levar uma pessoa a Cristo. Fica chateado quando ouve alguém indicando uma mãe-de-santo ou um mantra para uma pessoa angustiada. Incomoda-lhe ver parentes e amigos sem Cristo e sem certeza de vida eterna. É ardoroso por Missões, mas também é conhecido por distribuir com alegria folhetos. Também não sente vergonha de se apresentar como crente. Ele não quer ser visto como um “agente secreto” de Deus. Por isso, ousa testemunhar de Cristo a tempo e fora de tempo. A espécie já foi mais povoada, por isso está sendo monitorada por especialistas.
“Quando vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” – Lc 18.8b
Gostei demais. Obrigado por estas mensagens tão inteligentes.
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