As nossas igrejas evangélicas históricas são frequentadas por espécies exóticas de crentes, que dão um colorido especial, e muitas vezes triste, ao mundo eclesiástico. Já foram identificados os Crentes Cebolas, que fazem todos chorar; os Crentes Dormideiras, sensíveis, que sempre se recolhem quando se sentem ameaçados e os Crentes Chuchus, que tomam o gosto de onde estão misturados.
Ultimamente tem crescido o número de Crentes Urubus. São crentes que gostam de se alimentar de coisas deterioradas, imundas, e em decomposição. Os Crentes Urubus adoram rondar assuntos nauseabundos. Têm predileção por tudo o que cheira mal: fofocas, maledicências, e por assuntos podres. É da sua índole catar ambientes podres, fétidos, procurando explorar e tirar algum proveito dessas coisas.
O urubu é uma ave sociável. Ela frequenta a carniça com outros urubus. Quando abre uma carcaça é seguida por outras aves necrófagas, que se aproveitam da carcaça já aberta para dela se alimentarem. Quando o urubu-rei se aproxima, os outros ficam esperando respeitosamente que ele se satisfaça, para depois, então, comerem a sobra.
O Crente Urubu também é sociável. Ele adora avisar a outros Urubus que em determinado lugar encontrou um assunto podre para se deleitar. Então, eles ficam contemplando com alegria e satisfação os erros, os pecados, e os escândalos que encontraram. Nessas horas, falam tanto e se alimentam com tanto prazer da sujeira e do pecado, que a gente percebe que já neutralizaram em seus corações a piedade, a capacidade de chorar com os que choram, e a consciência da malignidade daquela situação.
Curioso, tragicamente curioso, encontrar nas igrejas pessoas que se dizem crentes que, em vez de se deleitarem com a Palavra de Deus e com a santidade, sentem prazer no pecado e na podridão. Crentes que preferem focar temas fétidos. Essa gente não percebe quem, nessas horas, de fato, está ditando ordens às suas vidas.
Tenho dito que Satanás não é um ser de confronto. Ele prefere os jogo das astúcias, da manipulação e dos disfarces. Toda obra maligna odeia a luz para que não fique exposta. Ele teme a denúncia que a luz provoca, porque a luz revela, evidencia e aponta os nossos caminhos. Satanás prefere as sombras, onde o mal e o mofo se alastram melhor. E se não abrirmos os nossos olhos, podemos deixar que as trevas nos abracem aos poucos. Eu tenho observado que não é muito difícil deixarmos que as trevas penetrem aos poucos no nosso coração.
Por isso, precisamos aprender a detestar o mal e nos apegarmos ao bem. Não dê brechas para o mal, para o sujo e para o podre. Se você tiver caminhando qual um Crente Urubu, frequentando ambientes podres, em lugares furtivos e medonhos, pegue um holofote e jogue-o no lugar onde estiver mais escuro o seu coração. Porque trevas, maldade, pecados só agem em nós por concessão. Então, não tente domesticar nem negocie com o mal. O sangue de Jesus é suficiente para nos limpar de toda a maldade. Peça também que Ele lance luzes nas suas trevas.
Só Jesus é poderoso para transformar um Crente Urubu em um Crente Colibri. O colibri é também conhecido como Beija-Flor. E a sua característica principal é que se alimenta de néctar das flores. Com seus voos entre flores ele se torna um grande polinizador. Fecunda outras flores aumentando a variedade genética.
Crentes Colibris se interessam por coisas doces e, certamente, se tornam fecundos no testemunho da sua fé em Cristo. E eles costumam obedecer o conselho do apóstolo Paulo, quando disse: “...tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4.8).
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