quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Cuide-se, Vá ao Médico!



Uma irmã da igreja começou a sentir uma dor incômoda nas costas enquanto participava do culto dominical, mas não a levou muito a sério. Na quarta-feira, pela manhã, a dor retornou mais aguda. Como ela estava sozinha com o neto, como fazer? Lembrou-se de telefonar para a vizinha, que rapidamente chegou à sua casa. Logo telefonaram para a filha, que prontamente saiu do serviço e foi atender a mãe. Finalmente, ela foi internada no HCT, com sintomas de pré-infarto. Graças à prontidão da vizinha e da filha, ela chegou a tempo de ser medicada.

De um tempo pra cá, os recursos da medicina têm avançado. Um oftalmologista me disse que, hoje, usa colírios para muitos males que antigamente só eram resolvidos com cirurgia. Isso é fantástico. Há também uma incidência tremenda de gente com câncer. Talvez o aumento de diagnósticos de câncer seja a conjugação do aperfeiçoamento de técnicas investigativas da medicina com a comida plástica e a vida estressada dos nossos dias. Mas, atualmente, se diagnosticados no início, muitos tratamentos cancerígenos têm uma alta taxa de cura.

Já contei que sofri um AVC hemorrágico, no tronco central do cérebro, quando pregava na PIBT, há onze anos. Fui levado às pressas à extinta Casa de Saúde, e já não andava quando lá cheguei. Como o laudo pra quem tem isso é morte ou coma profundo, e eu estava absolutamente lúcido, a princípio fui tratado como se tivesse tido AVC isquêmico. Se não morresse do mal poderia ter morrido pela medicação que me foi dada. Quando o neurologista, famoso na cidade, me viu, disse à Jane: “Aquele lá de cima gosta muito do seu marido.” Jane disse que sim, e informou-o de que eu era pastor. Aí o médico ficou receoso, e afirmou: “Mas ele terá que ser tratado.” Jane prontamente o atendeu: “Nós sabemos, e estamos orando para que Deus use inclusive o senhor.” Ai o médico disse: “Ah, bom!” Por sermos crentes, ele pensava que dispensaríamos o tratamento médico. Após nove dias, recebi alta hospitalar, e ainda não andava. Dois meses e meio depois estava curado, sem nenhuma sequela. Meses depois, vendo minhas ressonância e tomografia, um neurocirurgião disse: “o senhor é a única pessoa que, tendo isso, está viva para contar a história. Celebre a vida.” Deus usou a Sua graça conjugada com a ciência médica.

Há crentes que não vão a médico achando que estão fazendo um grande negócio. Alguns têm até um santo orgulho disso. Gente que diz: “Em nome de Jesus estou curado!” ou “Em nome de Jesus essa doença está repreendida.” Creio também em milagres. Mas o fato de crer na ação sobrenatural de Deus não me isenta de fazer a minha parte. Quando Deus criou o homem, ele disse: “crescei, multiplicai e frutificai”. Ao homem foi dada a inteligência para que frutificasse ideias, invenções e conhecimentos que melhorassem a vida na terra. E quando Jesus ressuscitou a Lázaro, Ele não dispensou o trabalho humano. Pois disse: “tirai a pedra”. Aquilo que o homem podia fazer, Ele não fez. O apóstolo Paulo curou homens no livro de Atos, em nome de Jesus, mas parou na Galácia para se tratar de uma enfermidade (Gl 4.13,14), e aconselhou a Timóteo que tomasse vinho por causa do seu problema gástrico (1Tm 5.23). Ciência e fé não estão necessariamente dissociadas. Aliás, o evangelho de Lucas foi escrito por um médico.

Assim como sofremos acidentes no trânsito, nosso corpo também está sujeito a acidentes internos. É um hormônio que deixa de ser secretado. É o corpo que cria resistência à insulina. É uma artéria que é obstruída ou os rins que deixam de filtrar adequadamente o sangue. Enfim, ficamos doentes por fatores genéticos, por fatores ambientais, por descuido com o corpo e por acidentes. Há também distúrbios mentais, e o crente não está isento disso. Igualmente, deve procurar um profissional dessa área médica para se tratar. E tem que tomar remédio, se prescrito. Não é falta de fé em Jesus Cristo fazer isso, é bom senso.

Com a graça de Deus, e com a ajuda desses profissionais, muitos crentes têm sido abençoados. Por isso, obturamos cáries, usamos dentaduras e fazemos implantes dentários. Também usamos próteses, stents, óculos, parafusos ortopédicos, implantes, placas, palmilhas, marcapasso cardíaco, tiramos raio-x, tomamos remédios e tudo É Deus usando a medicina. Então, meu irmão, não espere o seu quadro se agravar para procurar um médico. A fé e a inteligência nos foram dadas por Deus. Vá se submetendo aos conhecimentos médicos, e confiando que “toda boa dádiva, e todo dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das Luzes...” (Tg 1.17). Você corre o risco de descobrir que aquele médico e remédio foram também a boa dádiva de Deus para o seu caso.


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