Uma comissão de sucessão pastoral de uma Igreja Presbiteriana, nos EUA, trabalhou na procura de uma pessoa qualificada para ser o seu pastor. Então, querendo mostrar que nas Escrituras Sagradas Deus sempre usou gente desqualificada para liderar Seu povo, trouxe um “relatório confidencial”. Nele, ela dizia estar encontrando muita dificuldade em achar uma pessoa competente. Eis as análises dos candidatos com quem estava trabalhando:
“1) Pastor Adão – É um bom homem, mas tem problemas com a esposa. Uma das informações que tivemos diz que ele e sua esposa gostam de ficar andando nuns entre as árvores da floresta. Não serve pra nós. 2) Pastor Noé – Foi pastor durante 120 anos. Não há sinais de que alguém tenha se convertido durante o seu ministério. Ele tem tendências de estabelecer projetos irrealistas e é megalomaníaco. Não serve para nós. 3) Pastor Abraão – Temos informações veladas de que tem problemas sérios com a sua esposa, embora os fatos pareçam mostrar que ele mesmo nunca dormiu com a mulher de outro homem. Mas ele ofereceu a sua esposa para dormir com outro homem. Então, não vai prestar. 4) Pastor José – É um grande pensador, mas, no seu histórico, crê em interpretações de sonhos e já esteve preso. Portanto, não vai servir pra nós também. 5) Pastor Moisés – Homem manso, mas pobre em comunicação. Algumas vezes ele é até gago. Age intempestivamente em outras. Alguns afirmam que teve de sair correndo de um lugar sob suspeita de assassinato. Não serve pra nós.
6) Pastor Davi – É o líder mais proeminente que descobrimos, mas teve filhos problemáticos. E também teve um caso com a mulher do seu vizinho. Não presta pra nós. 7) Pastor Salomão – Grande pregador, mas é mulherengo. Não serve. 8) Pastor Elias – Tem tendência a depressão, e desaba quando está sob forte pressão. 9) Pastor Oséias – Um rapaz amoroso, mas não devia estar no ministério com uma esposa que ocupa aquela profissão (prostituta). Então, não dará certo. 10) Pastora Débora – Definitivamente não pode ser. É mulher. Precisa dizer mais alguma coisa? 11) Pastor Jeremias – Emocionalmente instável. Alarmista, negativista, sempre se lamuriando. Fomos informados de que, certa vez, fez longa viagem para enterrar suas ceroulas no banco de um rio de outro país. 12) Pastor Isaías – Afirma ver anjos ao redor da igreja. Além do mais, tem problemas com a sua linguagem. 13) Pastor Jonas – Definitivamente este não dá. Recusou o chamado de Deus para o ministério. Ele foi engolido por um peixe, que o cuspiu perto do lugar onde precisava pregar. Desistimos. 14) Pastor Amós – É muito rural e muito rude nas suas declarações. Se receber um treinamento no Seminário, pode se tornar um líder promissor. É uma pessoa preconceituosa contra gente rica. Talvez seja mais apropriada uma congregação de pessoas pobres. 15) Pastor João – Diz que é batista. Aí, complicou, né? Gosta de dormir ao ar-livre e usa uma indumentária estranha. Sempre usa uma linguagem agressiva contra outros líderes denominacionais. 16) Pastor Pedro – Uma pessoa simples demais. Além de ter um temperamento forte, algumas vezes chegando até a amaldiçoar. É agressivo. 17) Pastor Paulo – É um líder executivo clássico, embora não seja um grande orador. Contudo, não tem muito tato no trato com as pessoas. E costuma pregar a noite inteira, em longos e intermináveis sermões. 18) Pastor Timóteo – É muito menino. Novo demais. Não vai dar certo. 19) Pastor Jesus – Muitas vezes é um líder popular, mas quando a sua igreja cresceu muito, resolveu deixá-la com os líderes subalternos. Raramente permanece num mesmo lugar por muito tempo. E, obviamente, é solteiro. Então, não dará certo. 20) Pastor Iscariotes – Suas referências são sólidas. Ele é conservador. É também atento às coisas que acontecem ao seu redor. Tem boas relações com pessoas de outras denominações. Sabe administrar o dinheiro. Nós o convocamos para pregar em nossa igreja no próximo domingo, e estamos esperançosos quanto ao seu nome.”
Esta é a marcha dos desqualificados das Escrituras Sagradas. Deus não procura pessoas perfeitas, mas pessoas disponíveis para a Sua obra. Deus não chama pessoas cheias de si, mas pessoas que Ele pode agir no meio delas. Com todas as suas limitações, todos esses homens foram grandes nas mãos de Deus. Nenhum deles era perfeito. Gosto do que Paulo diz à Igreja de Corinto: “Não que nós mesmos sejamos capazes de pensar alguma coisa como se partisse de nós, pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus, o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança” (2Co 3.5,6). Traga o que você tem e apresente-se a Deus. Ele é especialista em usar gente desqualificada e imperfeita. Traga o que você tem, e deixe nas mãos d’Ele!
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