sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Quando For Decidir - I



Todos os dias tomamos decisões circunstanciais, como: que roupa usar, o que comer e que caminho seguir. Toda decisão envolve rupturas porque, ao decidir, deixamos coisas pra trás. As nossas decisões também afetam pessoas, pois não somos uma ilha. Elas trazem consequências. Mudar de cidade, de igreja, ou de profissão afetará a vida dos seus queridos. Por isso, Jean Paul Sartre, filósofo existencialista francês, dizia: “Eu sou a minha decisão”.

Abrão e Ló, tio e sobrinho, eram amigos, achegados e queridos. Mas houve um dia em que a riqueza de ambos começou a incomodar. Ambos tinham fartos rebanhos e aí a terra ficou pequena para os dois. Começaram a acontecer brigas e desavenças entre seus pastores. Então, Abrão disse: “Temos de nos separar. Se você for pra direita, eu vou para a esquerda; se for pra esquerda, vou pra direita”.

A Bíblia diz que Ló olhou para a campina do Jordão, fértil, bonita, e escolheu ir pra lá. Sabia que era terra de homens maus e grandes pecadores contra o Senhor, mas não se importou com isso. Apesar de tanta coisa boa, a escolha de Ló foi trágica. Ele ficou mais rico, mas a família foi completamente arruinada. Esse episódio nos deixa princípios para quando formos decidir.

Não tome decisão baseado apenas naquilo que você vê. Os nossos olhos nos enganam. Há muitas pessoas que, encantadas pelo que veem, tomam decisões trágicas. Cuidado, pois aquela moça bonita pode ser um ovo de páscoa; bonita por fora, e oca por dentro. O rapaz saradão e gentil pode ser apenas uma miragem. Analise os efeitos mais profundos que a sua escolha trará na sua vida. Lembre-se: Eva viu que a árvore era agradável à vista, e se deu mal.

Não tome decisão apenas por razões econômicas. Ló tomou decisão como empresário; não como crente. Pensou: “se eu for para essas terras férteis, as minhas ovelhas engordarão mais rapidamente, e isso será melhor economicamente para mim”. Ele só viu a oportunidade de prosperidade, e de ganhos imediatos, mas não considerou as perdas da alma, e o desgaste da sua família. A Bíblia diz: “Melhor é o pouco, havendo o temor do Senhor, do que grande tesouro onde há inquietação” (Pv 15.6). Há muitos crentes que decidem focados apenas nas melhorias financeiras. Lá na frente, às vezes tarde demais, verão que todo o lucro material não compensou as perdas afetivas.

Não tome decisões sem considerar a sua família. Ló levou a esposa e as filhas para Sodoma e Gomorra, e não considerou que iria jogá-las num antro. O secularismo e a cultura pecaminosa daquele lugar impregnaram o coração e a alma delas. A mulher, com medo das perdas, olhou pra trás, e virou estátua de sal. As filhas foram tiradas à força dali pelos anjos, mas a ética daquelas cidades foi absorvida por elas. E, na primeira oportunidade, embebedaram o pai, e praticaram incesto com ele. Se você ama a Deus, e que viver sob o Seu princípio, o bem-estar da sua família tem de estar no centro das suas decisões. Não negocie isso. Se casado, não existe projeto para a sua vida, se não houver um bom lugar também para a sua esposa e seus filhos.

Também não tome decisões sem levar em conta Deus. Considere-O na sua decisão. Ló não avaliou o comportamento agressivo e mau daqueles homens pecadores. Não considerou o que Deus pensava sobre eles. Ao decidir, pergunte: Deus tem prazer nisso? O Senhor está indo comigo? Isso agrada e glorifica a Deus? Ló foi sem ter feito nenhuma dessas perguntas, e se deu muito mal. Portanto, pense bem nessas coisas quando for tomar uma decisão.



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