terça-feira, 3 de setembro de 2013

Sendo Forte nas Tempestades!



Diamantino Vassão escreveu um livreto intitulado “Mesmo nas Tempestades”. Nele, ele conta a história de um navegador inglês, no início das grandes descobertas, cujo navio se aproximou muito da costa brasileira, e bateu fortemente contra arrecifes. Como resultado, ele teve de ficar mais de um ano no Brasil, aguardando o conserto do casco. Com isso, o navegador aprendeu a língua portuguesa, e isso facilitou tremendamente os seus negócios. Falar português abriu as portas para grandes negócios com Portugal.

O autor, pastor presbiteriano, também contou que no início do seu ministério, em Marília, SP, um jovem da sua igreja ficou hospitalizado por mais de um ano, com tuberculose. Certo dia, ele apareceu na casa pastoral desejoso de marcar um culto em ação de graças. Alegre com a sua alta, o pastor disse: “claro, vamos fazer, sim, um culto em gratidão a Deus pela sua cura”. Mas o rapaz disse: “Não, pastor. Eu não vim agradecer a minha alta; quero agradecer a Deus por ter ficado doente. Antes de adoecer, eu não sabia orar, mas lá no hospital tive momentos extraordinários de comunhão com Deus. E também não lia a Bíblia. Mas lá no hospital tive todo o tempo do mundo para ler a Bíblia. E assim, nunca a Palavra de Deus falou tanto ao meu coração quanto ali”.

Tenho notado que, algumas vezes, o que mais une casais são os desafios que a família tem pela frente. Às vezes são desafios financeiros. Os dois terão de abrir mãos de coisas boas, agradáveis, em favor de um alvo maior. E depois de sacrifícios e lutas de anos, conseguem o alvo almejado. Outras vezes o desafio é na área da saúde. Surge uma doença, uma adversidade, algo que não contavam, e os dois se unem, se apoiam, se abraçam, choram juntos, oram juntos, enfrentam unidos a adversidade e, no meio daquele turbilhão, obtêm uma vitória suada, penosa, mas muito mais valorizada e celebrada.

Realmente, alguns dos melhores momentos das nossas vidas ocorrem quando estamos lutando bravamente por um desafio, por uma conquista, contra uma adversidade ou por um alvo difícil. Há adversidades todos os dias, mas Deus nos dá forças e capacitação para enfrentá-las, com uma garra que nós mesmos não sabíamos que tínhamos. E aí, como Paulo, descobrimos que quando somos fracos, então, é que somos fortes (2Co 12.10).

Assim também acontece com a igreja. A mais elogiada em Apocalipse não era a mais rica materialmente. Também não era a maior em número de membros nem a que mais se projetava na sociedade. Na verdade, muitos dos seus membros eram escravos, e não tinham nome nem reconhecimento social. E, na perseguição, a grande maioria foi difamada e teve seus bens confiscados, por causa da sua fé. E Jesus disse àquela igreja: “Conheço a tua tribulação, a tua pobreza, mas tu és rico...” (Ap 2.8).

Aprendemos com aquela igreja que é possível avançar, crescer, enfrentando adversidades, críticas e dificuldades, se andamos em plena comunhão com Deus, em Cristo. E que muito mais importante do que o patrimônio que uma igreja tem; a classe social dos seus membros ou se as circunstâncias à sua volta são boas, é manter-se completamente identificada com Jesus, a ponto de permanecer fiel aos Seus ensinos haja o que houver! Uma igreja assim não tem nada a temer!

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