Numa Campanha para uma Feira do Livro em Lisboa, um publicitário brasileiro pôs num outdoor uma imensa traça e cunhou a frase acima. Com ela, foi premiado no “Festival Publicitário de Cannes” com o “Leão de Ouro”.
Quando era seminarista, tínhamos de apresentar um estudo usando todas as normas aprendidas na disciplina “Metodologia da Pesquisa” . Um dos meus colegas resolveu estudar sobre os anjos. Pesquisou, reuniu informações, coligiu livros e apresentou um trabalho correto, mas despretensioso. O professor implicou com o título que ele deu ao trabalho: “Um pouco sobre anjos”. Como resposta, ele explicou: “é que li um livrinho, de poucas páginas, cujo titulo era: ‘Tudo sobre Anjos’. Como nunca tive a pretensão de esgotar o assunto, achei o meu trabalho mais honesto”.
Eu mesmo li “Decepcionados com Deus”, de Yancey, com uma expectativa muito alta. Na medida em que lia o livro fui ficando decepcionado com o autor. Tanto assim, que passei anos sem comprar qualquer livro dele. Um dia, empolgado, meu irmão gêmeo disse-me que a leitura do livro “O Jesus que eu nunca conheci”, do mesmo autor, tinha lhe sido muito proveitosa. Emprestou-me o livro, e eu, outra vez, fui ficando decepcionado. Afinal, eu já conhecia aquele Jesus há anos! Para mim, não havia nada de novo naquela abordagem. Deixei a leitura na metade. O tempo passou e alguém me citou uma frase de Yancey naquele livro. Tornei a pegá-lo e, agora, a sua leitura me fez muito bem. Finalmente, num aniversário, minha irmã me presenteou com outro livro dele: “Igreja: por que se importar?” Aquela leitura me fez comprar outros livros seus. Descobri que muitas vezes a nossa expectativa interfere na maneira de ler um livro.
Tempos atrás, a irmã Beth Amaral me emprestou um livro de Rubem Alves, intitulado “E aí?” Quase que lhe faço uma paráfrase de Filipe, e lhe pergunto: “pode vir alguma coisa boa de um livro cujo título é ‘E aí?’” Eu nunca pararia numa livraria para comprar um livro com tal título. Ela me explicou que o livro fora escrito pra pais de adolescentes e adolescentes. Confesso que o “devorei”. Só o larguei quando acabou. Agora, eu o tenho emprestado a pais de adolescentes, e o livro os tem ajudado.
Finalmente, há vinte anos atrás, caiu-me às mãos um livro de James Dobson: “O amor tem de ser firme”. À medida que o lia, percebi que fazia a sua leitura com 16 anos de atraso. Se o conhecesse há mais tempo, teria tido oportunidade de ajudar muitas famílias em crise. Agora, embora o meu exemplar esteja velhinho, eu ainda tenho visto Deus usá-lo para restaurar esperança a muita gente.
Se a traça tem devorado mais livro que você, saiba que um bom livro consola, alegra, denuncia, critica, corrige e abre nossos horizontes. Não deixe que a traça viva com mais intensidade e mais emoção do que você. Leia um bom livro. Peça sugestões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário